segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Jeremias 31:30 - Uma NOVA ALIANÇA - Com quem?


Já se tornou comum aqui nessa comunidade e obviamente fora daqui os cristãos se embasarem em Jeremias 31:31-34 para defender a suposta "nova" aliança sobre a "velha" Aliança, e alegam que tal aliança ou testamento foi cumprida por Yeshu o Nazareno e o livro resultante da religião rebelde pregada por ele, vamos analizar o verso e depois farei algumas considerações.

Aproximam-se os dias diz o Eterno, quando estabelecerei um novo pacto com a Casa de Israel e com a Casa de Judá. Jeremias 31:30 - Bíblia Hebraica Sefer.


Alguns problemas, porém, devem ser suscitados aqui. Um deles, gritante, é que na época de Yeshu não mais existia o país "Israel", independente, que constituiu o Reino do norte da Terra Santa, mas apenas a parte chamada "Yehudah" (Judá) ou o reino do sul, que permanecia em evidência, graças às promessas Divina da perseverar Judá (Melachim Álef [ 1 Crônicas] 11:32; Melachim Beit 12 (2 Crônicas, cap. 12). O Profeta Jeremias, todavia, fala de uma Nova Aliança a ser feita exatamente com a Casa de Israel e com a Casa de Judá. Daí ser necessário observar que essa profecia somente poderá acontecer quanto se cumprir outra profecia – a da restauração das duas Casas: Israel e Judá – a sua subsequente reunificação, conforme consta de várias outras profecias (Yiechezkel [Ezequiel] 37:16-25; ver Yieshayhu [Isaías] 11:11, 12; Yirmeyahu [Jeremias] 3:18; 50:4.

Portando, quando Jesus entrou no cenário judaico, no primeiro século da Era Comum, não havia mais as duas Casas – a de Judá e a de Israel – mas unicamente a Casa de Judá, incluindo judeus da tribo de Benyamin, além dos levitas, a qual se encontrava sob o domínio romano. Por isso, a própria origem do chamado "Novo Testamento" , seria a "Nova Aliança", predita em Jeremias 31:31, é fraudulenta, porque, não existindo a "Casa de Israel", algo a ser compreendido na restauração das Tribos perdidas, que é uma das missões do Mashich verdadeiro (Yishayahu 11:1, 11,12; 49;6)

Não poderia Jesus ser o mediador dessa "Nova Aliança" apenas com a "Casa de Judá". Para compreender plenamente essa questão, é mister-recordar-se que a vinda do Mashiach de Israel, o Descendente de Yishay, pai de David, como predito em Yishayahu 11:1-12, somente ocorrerá após a Segunda Grande Teshuvah (Retorno) e a Reunião dos Judeus, sim, "pela Segunda vez", após a Segunda destruição do Beit HaMikdash, evento que, de acordo com os evangelhos, Jesus predisse a destruição do Templo sagrado, ele não pode ser o Mashich, pois o Mashich somente viria depois dessa destruição e a própria vinda do Mashich legítimo somente ocorrerá no fim da grande Diáspora, iniciada com a destruição do Segundo Templo! (é só ler Yishayahu 11:1,2,11,12).

De fato, entre os grandes eventos preditos, para a vinda do Mashich, está o retorno de judeus à Terra Santa e a reunificação das Casas de Judá e de Israel (Yishayahu 37:15-28) e o domínio de Israel sobre o Monte Moriah, onde será edificado o Terceiro Templo, terminando os dois mil anos ou "dois dias" preditos por Hoshea 6:1,2 (um dia equivale a mil anos para o Eterno, conforme o Tehilim [Salmo] 90:4), quando os filhos de Israel retornariam à Terra Santa para, ali, restabeleceram os sacrifícios, e o próprio Santuário Sagrado será o penhor da Nova Aliança, que é uma Aliança de Paz (Hoshea 3:4, 5; Yiechezkel 37:21-28), Nesse sentido, o "Novo Testamento" é uma farsa que, sem dar-se conta do alcance e do tempo especifico do cumprimento das profecias, apresenta (divagações) em que se confudem contradições e sofismas diversos. Um exemplo adicional desse cenário contraditório é a questão de uma ser humano poder ser ensinado por outro, após a plena implantação da Nova Aliança. No texto de Jeremias 31:31, 33, 34, foi predito: '"Eis que vêm dias', diz o Eterno, ´e irei concluir uma Nova Aliança com a Casa de Israel e com a Casa de Judá"', `"Esta é a Aliança que firmarei com a Casa de Israel, depois daqueles dias' , diz o Eterno, 'implantarei Minha Torah no seu íntimo, e escreverei no seu coração.

E não mais ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: 'Conhece ao Eterno', porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles´, diz o Eterno, 'pois perdoarei as suas iniquidade e dos seus pecados jamais Me lembrarei'".


DAVI LOZADA

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